Pesquisadores da Universidade Federal do Pará desenvolvem plataforma flutuante equipada com estação que produz eletricidade a partir da queima de materiais orgânicos abundantes no estado
Caroços de açaí, restos de madeira, sobras de agricultura e óleo vegetal. Itens que, num primeiro momento, teriam como destino a lata do lixo podem, na verdade, ser uma solução eficaz, barata e ambientalmente correta para comunidades distantes que não têm acesso à eletricidade.
"A estação conta com uma unidade de extração de óleo vegetal para agregar valor, trabalho e renda às atividades da população ribeirinha", diz o professor Gonçalo Rendeiro, coordenador do Grupo de Energia, Biomassa e Meio Ambiente (EBMA). De acordo com o cientista, a estrutura tem uma unidade completa de geração de energia por meio do ciclo a vapor, ou ciclo termodinâmico de Rankine (veja arte).
A unidade de geração funciona a partir da queima da biomassa na fornalha da caldeira, gerando calor ao longo de todo o dia. Esse calor, em contato com a água presente na plataforma, faz com que surja vapor d'água, que, em pressão e temperatura elevadas, movimenta as pás da turbina. "A rotação dessa turbina aciona o gerador presente na estação, que proporciona energia necessária para o processo e energia excedente, que abastece a comunidade", explica Rendeiro.
O professor destaca ainda que, com a estação flutuante, os ribeirinhos deixaram de usar pequenos geradores movidos a óleo diesel - fator que traz benefícios econômicos à comunidade, que não precisa mais gastar com a compra do diesel, e evita problemas ambientais mais sérios. De acordo com Rendeiro, o enxofre presente na composição desse combustível pode dar origem a chuvas ácidas.
O Google anunciou no final de 2007 que investiria em empresas e conduziria pesquisas próprias para a produção de energia renovável a preço acessível (inferior ao do carvão), em prazo de alguns poucos anos.
Para virar o jogo, precisamos aprender a produzir energia elétrica limpa, além de utilizá-la com mais eficiência.
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Postado por: Djones Michel Groff
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